What’s in a name? A brief cognitive-behavioural view on the publication of the new DSM 5 / O que significa um nome? Uma breve visão cognitivo-comportamental sobre a publicação do novo DSM 5.

DSMThe 5th edition of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM 5), published by the American Psychological Association (APA) was released on May 2013. Much controversy has been surrounding it, as there are some important changes in classifications of disorders.  Articles in newspapers and magazines in different parts of the world have commented on the increase in the number of mental disorders and how anyone could be fitted in a category and thus receive a psychiatric diagnosis.

In fact, there has been an increase in the number of disorders listed. The first DSM, published in 1952, contained only brief descriptions of 106 disorders. This was increased to 182 disorders in DSM-II, 265 in DSM-II, 292 in DSM-III-R and 297 in DSM-IV and DSM-TR.  What does this mean? Has the number of disorders been really increasing? This is a complex issue for which I do not have a complete answer and I would not dare to explore in a few lines. But we do need to consider that the field of mental health has evolved a lot since 1952 and continues to progress. Evidence from scientific research has helped to refine diagnoses and changes in our world have also challenged mental health professionals with new issues that still need to be further investigated, such as compulsive internet use.

How does this affect psychology and psychotherapy? As an undergraduate student, I learned that the human being is a biopsychosocial organism. That is, we suffer influences from biological (i.e. genes), psychological and social factors and/or a combination of any of them. A psychotherapist will strive to understand how all these factors have combined and impacted a person’s life and current issues. Grouping symptoms into a category and finding a diagnosis can be very helpful. It provides guidance on treatment options available and what could be the best path to improve the quality of life of that particular individual. I have never opposed psychiatry or psychiatric medication. On the contrary, I do believe it is necessary and welcomed in some cases.

Nevertheless, for psychologists, especially cognitive behavioural psychologists, this description or the name of any mental disorder is only topographic. It provides a description of what a behaviour (or a set of behaviours and cognitions) looks like. In psychotherapy, we are more interested in understanding the function of any behaviour and cognition. In other words, why is a specific behaviour and/or thought pattern present, what has influenced the development of such behaviours and cognition, what is maintaining them, what consequences they bring to the individual’s life.

I believe the DSM 5 should be treated as what it is, a manual. Any treatment needs to be adapted to the needs, wishes, strengths and difficulties of each unique person.  No manual, guidelines or computer programs should ever preclude good clinical judgment.

O que significa um nome? Uma breve visão cognitivo-comportamental sobre a publicação do novo DSM 5.

A 5 ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5), publicado pela American Psychological Association (APA) foi lançado em maio de 2013. Muita controvérsia o rodeia, pois há algumas mudanças importantes na classificação de transtornos. Artigos em jornais e revistas em diferentes partes do mundo têm comentado sobre o aumento no número de transtornos mentais e de como alguém pode ser enquadrado em uma categoria e, assim, receber um diagnóstico psiquiátrico.

De fato, houve um aumento no número de distúrbios classificados. O primeiro DSM, publicado em 1952, continha apenas breves descrições de 106 doenças. Isto foi aumentado para 182 desordens no DSM-II, 265 no DSM-II, 292 no DSM-III-R e 297 no DSM-IV e no DSM-TR. O que isso significa? Será que o número de doenças foi realmente aumentando? Esta é uma questão complexa para a qual não tenho uma resposta completa e eu não me atreveria a explorar isso em poucas linhas. Mas precisamos considerar que o campo da saúde mental tem evoluído muito desde 1952 e continua a progredir. Evidências de pesquisas científicas tem contribuído para refinar os diagnósticos e as mudanças em nosso mundo também têm desafiado os profissionais de saúde mental com novas questões que ainda precisam ser investigadas, como o uso compulsivo da internet.

Como isso afeta a psicologia e a psicoterapia? Ainda como um estudante de graduação, eu aprendi que o ser humano é um organismo biopsicossocial. Ou seja, nós sofremos influências de fatores biológicos (ou seja, genes), psicológicos e sociais e / ou uma combinação de qualquer um deles. A psicoterapia vai se esforçar para entender como todos esses fatores se combinaram e impactam a vida de uma pessoa . Agrupar sintomas em uma categoria e encontrar um diagnóstico pode ser muito útil. Ele fornece orientação sobre as opções de tratamento disponíveis e qual poderia ser o melhor caminho para melhorar a qualidade de vida desse indivíduo particular. Eu nunca me opus â psiquiatria ou à medicação psiquiátrica. Pelo contrário, eu acredito que a medicação é necessária e bem-vinda em alguns casos.

No entanto, para os psicólogos, especialmente os psicólogos cognitivo-comportamentais, esta descrição ou o nome de qualquer transtorno mental é apenas topográfica. Ou seja, ele fornece uma descrição do que um comportamento (ou um conjunto de comportamentos e cognições) parece. Na psicoterapia, estamos mais interessados ​​em compreender a função dos comportamentos e das  cognições. Em outras palavras, por que um comportamento  e/ou um padrão de pensamentos está presente, o que tem influenciado o desenvolvimento de tais comportamentos e cognição, o que contribui para mantê-los, quais as consequências que eles trazem para a vida do indivíduo.

Eu acredito que o DSM 5 deve ser tratado como o que é, um manual. Qualquer tratamento deve ser adaptado às necessidades, desejos, potencialidades e dificuldades de cada pessoa. Nenhum manual, diretrizes ou programas de computador devem substituir o bom julgamento clínico.

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2 thoughts on “What’s in a name? A brief cognitive-behavioural view on the publication of the new DSM 5 / O que significa um nome? Uma breve visão cognitivo-comportamental sobre a publicação do novo DSM 5.

  1. Muito sensato o artigo. É a história de não jogar o bebê junto com a água do banho. As classificações diagnósticas — bem como os medicamentos — têm a sua utilidade, mas é importante lembrar que um diagnóstico é uma interpretação. Entender o que acontece com cada pessoa, compreender as funções dos sintomas em relação à vida do indivíduo como um todo é bastante importante.

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